Marcelo Cezar

Espiritualidade independente e respeito às diferenças.


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Ataques obsessivos

ataques obsessivos

Numa roda de amigos, surgiu um caloroso bate-papo sobre a obsessão. Para quem é espírita ou espiritualista, a palavra é bem conhecida. Trata-se de um termo utilizado para designar tanto espíritos em desequilíbrio como as energias perturbadoras que deles emanam e se encostam em nós, encarnados, alterando nossos pensamentos e desejos, mexendo com o nosso equilíbrio emocional.

Ao dar muita atenção às maldades do mundo, acabamos por entrar nessa onda de energia e acreditamos que o planeta, como um todo, está vivendo e praticando tão somente o mal. Não é bem verdade. Muitos de nós estão, neste momento, trabalhando, procurando arrumar uma maneira de dar condições melhores de vida para a família, querendo juntar dinheiro para uma linda viagem de núpcias ou mesmo lendo esta coluna. Há muita gente no mundo que está ligada no bem e quer que sua vida e a dos seus semelhantes melhore.

Entretanto, ocorre um fato interessante: temos uma mania bem antiga que vem desde os tempos da Antiguidade, que é o de julgar e criticar os outros. Meu Deus, como gostamos de criticar o vizinho que vive em dívidas, mas mesmo assim comprou um carro zerinho, aquela artista que fez ensaio fotográfico para uma revista… como é bom, de vez em quando, falar mal de alguém! Às vezes, o sentimento de baixa autoestima é tão forte que só descontando a crítica nas costas de alguém para nos sentirmos bem. Doce ilusão. Jogar nossa insatisfação sobre os outros não vai trazer bem-estar.

Podemos ser bons, honestos, trabalhadores, devotos de algum santo, frequentadores de alguma igreja, voluntários de uma comunidade espírita, enfim, ser gente do bem; mas, sem perceber, acabamos por julgar as pessoas ao redor.

O mundo anda muito conturbado, e a quantidade de espíritos presos à Terra, com alto grau de desequilíbrio, é muito grande. Se você está ligado somente no bem, é difícil, muito difícil, entrar em sintonia com essas energias perturbadoras.

Infelizmente, nem sempre estamos cem por cento bem. Surge um problema aqui e outro ali, fazendo com que o nosso padrão de pensamento caia um pouco, colocando-nos em contato com essas energias.

Importante levar em consideração que os ataques obsessivos sempre começam por desestabilizar o nosso emocional. Daí a necessidade de avaliar constantemente o fluxo de seus pensamentos e emoções, de ter discernimento do que é sentimento seu e do que não é. Se você é uma pessoa equilibrada, tranquila, sensata e de repente torna-se agressiva e tem vontade de matar o primeiro que aparecer na sua frente, há algo errado. Essa atitude não condiz com seu temperamento, portanto, não é sua.

É chegado o momento de parar para refletir e prestar atenção em si. Desenvolver o bom-senso ajuda a identificar mais facilmente as suas emoções daquelas vindas de pessoas ao seu redor. Não criticar ou julgar, por mais difícil que seja, é uma grande lição para o nosso amadurecimento emocional e espiritual.

Afinal, aquela pessoa que você tanto critica poderá ser aquela que poderá ajudá-lo amanhã. Dar ouvido ao mal é propagá-lo. Ligar-se no bem é derrotar todos os inimigos. Pense nisso!


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Romance mediúnico

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Sempre tive vontade de escrever, desde pequeno. Lembro-me de que na escola, na época do ginásio, adorava as aulas de redação e escrevia histórias misteriosas, a maioria envolvendo fantasmas. As ideias vinham facilmente e era comum eu ser chamado para ler minhas redações em outras salas, a pedido dos próprios professores e colegas. 

Ainda garoto, a minha mediunidade aflorou. Passei a ver e conversar com espíritos. Minha família, muito católica, temia que eu estivesse sofrendo de possessão. Depois de passar por padres, psicólogos e psiquiatras, uma amiga de minha mãe recomendou que eu fosse levado até um centro espírita próximo de nossa casa, no bairro do Ipiranga, em São Paulo. 

Estudei na escolinha de médiuns, fui orientado por mestres aos quais sou muito grato até hoje, dentre eles dona Hilda, Zé Ferreira, Maria Aparecida Martins, Luiz Gasparetto e muitos outros companheiros de jornada que me transmitiram os verdadeiros valores do espírito. 

Aos dezesseis anos de idade, comecei a receber mensagens nas aulas práticas de psicografia. Meu braço doía, a caneta parecia ter vida própria, e os textos eram escritos. Um espírito aproximou-se de mim, sussurrou seu nome: Marco Aurélio. Disse-me, naquela época, que eu deveria perseverar e continuar escrevendo as tais mensagens, que eu não desistisse independentemente do que pudesse acontecer em minha vida pessoal. 

Eu persisti e, dez anos depois, esse espírito amigo me intuiu para pegar todo aquele calhamaço de mensagens produzidas nas aulas de psicografia, passá-las para o computador e entregá-las à Zibia Gasparetto. Para minha surpresa, aquele monte de anotações formava um livro, com começo, meio e fim. Tratava-se de A vida sempre vence. Confesso que fiquei muito feliz em participar desse intercâmbio com um espírito para trazer a público histórias reais, que promovem mudanças positivas na vida de quem as lê. 

Embora algumas pessoas considerem o romance espírita algo superficial e sem grandes ensinamentos, os espíritos amigos não cansam de me dizer que esse é um dos caminhos mais fáceis para que uma pessoa tenha um rápido conhecimento do mundo espiritual e, por conseguinte, desperte em si os seus valores espirituais.  

Afinal, enquanto você lê um romance mediúnico, sempre há um mentor, um espírito amigo ao seu lado para inspirar bons pensamentos, ou mesmo ajudar você a resolver determinados problemas de sua vida com base no comportamento positivo e na vitória de determinados personagens. 

Creio que hoje, passados mais de dez anos da publicação do meu primeiro romance e há mais de trinta estudando e praticando a espiritualidade, construí laços de amizade com muita gente. Meus leitores formam comigo um grande e poderoso elo de energias positivas, salutares. Não importa onde estejamos nem se nos conhecemos pessoalmente, mas o fato de você ler os meus livros acaba por formar essa corrente positiva entre nós. 

Eu e Marco Aurélio desejamos que você continue trilhando o seu caminho do bem e que a sua vida seja cada vez mais repleta de felicidade, sucesso e paz. Um abraço fraterno. 


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Ação e Reação

Quem é ruim e escapa das leis vai pagar pelo que fez depois de morrer? 

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Os leitores sempre me fazem essa pergunta. Diante de tantos crimes e tanta violência, e com uma Justiça moldada de acordo com a conveniência de um grupo de pessoas, muitas vezes a sociedade se sente indignada diante de punições pouco severas e, pior, de pessoas que cometem crimes, pagam excelentes advogados e se livram da prisão.

As leis dos homens são feitas para que possamos conviver da maneira mais harmoniosa possível. Elas refletem a forma de pensar de uma sociedade. É por isso que, de tempos em tempos, leis são criadas, mudadas, ajustadas e banidas. E o que é permitido em nosso país poderá não ser permitido em uma sociedade do Oriente, por exemplo. Cada povo tem um conjunto de hábitos, costumes, condutas e regras que têm tudo a ver com as pessoas que lá reencarnam.

Já as leis universais são imutáveis, perfeitas. Elas não seguem o padrão das leis como as conhecemos no mundo, mas a regra é clara: tudo o que você faz, seja por meio de palavras, pensamentos ou atitudes, voltará para você. Simples assim. As leis que regem o universo não têm nada de complicado. Muito pelo contrário: estão muito ligadas ao nosso grau de responsabilidade diante da vida. 

Conforme abrimos nossa consciência e entendemos que somos cem por cento responsáveis por tudo o que atraímos, a visão em relação às leis também muda. Percebemos com mais clareza nossos instintos, nossas crenças e posturas, mudamos alguns padrões de pensamentos e tudo ao nosso redor também começa a mudar. Para melhor, obviamente.

Toda vez que você procurar fazer para si algo de bom, que possa livrá-lo das amarras das mágoas, do ódio e da maledicência, a vida, rica e sábia, irá ajudá-lo a superar as adversidades e naturalmente tirará do seu caminho, ou afastará de você, aquela pessoa que o infelicita de alguma maneira.

Cada um é responsável por si e terá de arcar com a consequência de seus atos, seja aqui em vida ou depois dela. Não compete a nenhum de nós julgar o próximo.

Quem somos nós para julgar o que ou quem é ruim? Precisamos ter cautela com esse tipo de acusação, pois poderemos cometer atrocidades como aquelas contra os donos da Escola Base em São Paulo, anos atrás, que foram acusados injustamente e tiveram suas vidas devastadas.

Voltando à pergunta inicial, quem é ruim vai pagar? Em primeiro lugar, ninguém “paga” nada. Não somos um carnê de prestações (oras!), e sim espíritos encarnados aprendendo a ter um grau maior de responsabilidade diante de nossas escolhas. Qualquer um de nós que proceder de forma inadequada vai obter resultados negativos.

Por isso, afaste-se dos maus pensamentos; crie bons pensamentos e esqueça, de uma vez por todas, de apontar os erros dos outros. Cuidar de seus pensamentos e valorizar cada vez mais o bem é a arma para a nossa proteção. Cultive a maledicência e atrairá os maldosos; cultive bons pensamentos e atrairá boas pessoas, boas amizades e boas energias ao seu redor. Experimente.
Afinal de contas, a maldade não está nos olhos de quem vê, mas nas mãos de quem a pratica!


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Com a corda no pescoço

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O cartão de crédito está no rotativo há meses, e a dívida só aumenta. A bateria do carro pifou, sua filha adolescente finge que você é um espírito; ela passa por você e não lhe dá a mínima atenção. O casamento está balançando e, pior: a firma começou a cortar pessoal, fazendo você se sentir a pessoa mais insegura e infeliz da face da terra.

Dá vontade de pedir para parar o mundo e saltar, tamanha a quantidade de problemas que assolam você no dia a dia. Ou trancar-se no quarto e não se levantar nunca mais. E nem estou me referindo a trânsito, congestionamento, condução apertada…

São muitos os problemas. Mas vamos encarar esses problemas como desafios? Sabe, a Vida sempre trabalha para o nosso melhor. Ela faz uma força danada para que eu, você, todos neste planeta sejamos estimulados a crescer e entender de uma vez por todas que problemas [ou desafios] estarão sempre presentes em nossa vida, hoje, amanhã e sempre.

A questão não é livrar-se dos problemas, mas olhar para esses desafios com os olhos do espírito. Como se faz isso? Simplesmente dando o melhor de si, sem se sobrecarregar, fazendo… o que dá para fazer. Temos a pretensão de querer salvar nossa família, nossos filhos, nossos amigos… e nesse corre-corre nos deixamos de lado.

Você precisa dar mais atenção ao que sente. Está com vontade de não fazer nada neste domingo? Pois se dê o direito de passar o dia todo de pijama, largada, dando um choque na rotina e curtindo um pouco de você.

Existe solução para tudo. O décimo-tercerio salário poderá quitar as dívidas, o mecãnico vai consertar o carro, sua filha vai crescer e logo essa rebeldia passa. As crises no casamento também passam. Tudo passa.

O importante é ter alegria no coração e olhar para esses desafios com humor. O humor é uma forte característica de espíritos bem resolvidos.

Se quer uma vida melhor, procure ser uma pessoa melhor. Tudo depende de você. Só de você. Por isso, encha seu coração de alegria, sorria. Não esqueça de que a felicidade é feita de pequenos momentos. Que tal criar agora um momento de felicidade?

Fique com meu abraço e, claro, com o meu sorriso! 


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Não perca mais tempo

Várias vezes tenho falado sobre a morte dos entes queridos. A dor da perda é muito mais difícil de superar. Embora a morte faça parte da vida como uma realidade da qual todos estamos sujeitos, a falta de conhecimento, da espiritualidade, a incerteza da sobrevivência e a fantasia têm vestido este acontecimento de tragédia, levando pessoas ao desespero.

À primeira vista pode nos parecer que os mais revoltados sejam aqueles que deparam com a morte inesperada de pessoas queridas em acidentes ou com pouca idade. Entretanto, não é isso que acontece.

Dias atrás fui procurado por uma pessoa aflita pedindo aos espíritos a cura de sua bisavó de 98 anos, que estava mal no hospital, dizendo não poder viver sem ela. Esses casos são comuns

Enquanto alguns que choram compreendem e aceitam que não podem mudar, outros se agarram aos que amam, ignorando o que seria melhor para eles, pretendendo a todo custo manter aquele espírito preso a um corpo envelhecido e doente que não tem mais condições de viver. A vida age de maneira certa e quando chega a hora é preciso compreender, deixar ir, mesmo contra nossa vontade.

O verdadeiro amor não é egoísta. Embora a presença da pessoa amada seja desejável, sua ausência não impede que o sentimento de amor continue fluindo, dando a quem o sente bem-estar, compaixão, vontade de contribuir para que o ser amado esteja bem onde estiver. 

Quem se revolta, quem não aceita o que foi determinado pela vida é porque não deseja perder a muleta. Sim. O apego é uma muleta que muitos chamam de amor mas é apenas o medo de ter que assumir responsabilidade por si. A insegurança e a ideia de que se é fraca e incapaz gera o inconformismo diante da perda de entes queridos, estabelecendo a revolta, a descrença, a mágoa exagerada que pode vir a inutilizar todas as oportunidades de progresso nessa vida e infelicitar outros membros da família.

Todavia, continua desesperada, chorosa. Já se perguntou como estará ele? Que sentimentos guardará em seu coração? Tendo uma nova vida pela frente, como enfrentar os novos desafios sendo chamado instantaneamente na retaguarda? Quem parte tem outras tarefas a realizar no outro mundo.

Você e seus filhos merecem um lar alegre e harmonioso. Precisam de motivação e entusiasmo para viver melhor enquanto você chora um passado que não volta mais, deixa de usufruir o amor, as alegrias e as compensações que eles podem lhe dar. Prove que ama sua família fazendo-os viver em um lugar feliz. Você pode e é capaz. Se Deus tirou sua muleta, é porque você tem condições de viver sem ela. Deixe de bater o pé como uma criança mimada porque não lhe dão o que quer.

O tempo passa depressa. Quando acordar para a felicidade, pode ser tarde demais. Esqueça o passado e faça de seu presente um momento bom. Um dia descobrirá que tudo sempre esteve e está certo como está.


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Entrevista para a Livraria da Folha

Olá pessoal.

Há algum tempo, dei uma entrevista ao site da Folha de S.Paulo, Livraria da Folha. A conversa foi bem bacana sobre o mercado editorial espiritualista e sobre a maneira como produzo meus livros.

Para quem ainda não leu, está aí a entrevista na íntegra e o link para a matéria.

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FELIPE JORDANI da Livraria da Folha / 4-8-11

Marcelo Cezar é um dos principais escritores de romances espíritas do país. Autor de 15 livros, treze deles já publicados, invadiu as prateleiras especializadas em julho com o lançamento O Próximo Passo, título que fala sobre a rejeição entre pais e filhos.
De acordo com Cezar, todos as suas obras foram escritas em parceria com o espírito de Marco Aurélio, que teria sido um investigador de polícia no Rio de Janeiro no fim do século 19 em sua última encarnação.

Romance espírita explica rejeição entre pais e filhos
O escritor, que também atua como editor na Vida & Consciência, uma das maiores editoras de livros espíritas do país, fundada por Zibia Gasparetto, fala, em entrevista, por telefone, à Livraria da Folha, sobre a história do novo livro, como funciona seu processo de escrita e do descrédito que parte do espiritismo tem com os romances espiritualistas.
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Livraria da Folha: Seu livro traz uma história de passado, presente e rejeição. Pode falar um pouco mais sobre o enredo?
Marcelo Cezar: Ele começa em 1975 e vem até hoje. Inicio com a história dos pais, porque o livro trata basicamente de rejeição entre pais e filhos. Os pais começam jovens, na década de 1970, depois nascem os filhos e aí é que nós vamos começar a entender melhor o processo de rejeição entre eles. Então vem de 1975 até 2011.

Livraria: Como é a sua relação com Marco Aurélio, o espírito que você diz ter lhe ajudado a escrever a história?
Cezar: Bem, nós temos 15 livros escritos. Treze deles publicados, com este último. Ele me acompanha desde as aulas de psicografia no centro espírita que eu frequentava. Nesta brincadeira, o Marco Aurélio está comigo há quase trinta anos. Ele foi me preparando durante quase vinte anos para a gente escrever um livro, acredita?
Não é assim, de um dia para o outro, que você começa a lançar livros e sai na lista de mais vendidos. O processo começou lá atrás, na década de 1980. O primeiro, nós fomos escrevendo ao longo de sessões, aulas de psicografia no centro [espírita]. A cada sessão, cada aula, escrevíamos um pouquinho. Então, ao longo de quase vinte anos, saiu o primeiro livro. Para você ver como o treino foi árduo.
Depois deste primeiro, comecei a ter disciplina. Como o próprio Chico [Xavier (1910-2002)] dizia que o [espírito do] Emmanuel falava para ele: “Disciplina, disciplina, disciplina”. É a mesma coisa que acontece com todos os escritores que escrevem livros psicografados. Aí comecei a escrever um livro por ano.

Livraria: E como funciona essa redação? Vocês compõem as frases juntos ou o Marco Aurélio passa ideias e você compõe as frases?
Cezar: Ele me passa as ideias e eu componho as frases, principalmente os diálogos. Eu coloco mensagens positivas para o leitor, porque fica mais fácil, senão parece que você está doutrinando. A partes mais ligadas à espiritualidade, à reencarnação, à mediunidade, são questões todas dele mesmo. Do espírito, não minhas.
Mas chega um momento, são tantos anos juntos, que você está tão acostumado que começa a confundir o que é seu e o que é dele, começa a misturar e fica uma coisa só. Por isso que nós, como escritores e médiuns, temos que estudar cada vez mais para não ter nenhum bloqueio do que o espírito queira passar. Se tiver algum preconceito ou dificuldade com alguma questão, vai ser muito difícil ele passar e de repente a minha mente acaba bloqueando, entendeu?

Livraria: Essas histórias compostas pelo Marco Aurélio seriam histórias que ele vivenciou ou…
Cezar: São verídicas, histórias que sempre chegam para ele. Ele conhece um espírito que vivenciou ou passou por essa situação e a traz. O que a gente faz, até por respeito, porque são histórias muito modernas e atuais –tem muita gente que está viva– é trocar lugares, profissões e personagens para preservar família, nome e tudo mais. É feito todo um arranjo, mas a estrutura e a situação são verídicas.

Livraria: Obras de literatura nacional têm tiragem de 3 mil e penam para vender. Já um romance espírita como o seu chega às prateleiras com 20 mil exemplares e tem venda garantida. Você chega a enfrentar descrédito, mesmo com toda essa aceitação?
Cezar: Dos céticos nem tanto. Eles dizem que a história é exclusivamente fruto da minha imaginação, mas que é muito boa. Então, eu até escuto elogios deles. Geralmente, quem pega no meu calcanhar são os espíritas puristas.

Livraria: Há sempre uma linha mais ortodoxa…
Cezar: Isso, como o judeu ou o muçulmano ortodoxos. Então, é complicado. Eu sinto que geralmente o preconceito vem do espírita. O “espiritão”, não estou falando dos espíritas em geral. Muita gente frequenta centros [espíritas] e diz “comecei a frequentar depois que li seu livro” ou “no centro que frequento o seu livro é muito bem aceito”. Mas há determinados grupos mais conservadores. Acho que isso é que fica mais interessante: são os espíritas conservadores que geralmente atacam ou condenam meus romances e, consequentemente, meu sucesso.

http://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/954496-obras-espiritualistas-sofrem-preconceito-dos-proprios-espiritas-diz-autor.shtml

 


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Aceitar o que não se pode mudar

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Reencarnamos com o propósito de suprir nossas necessidades emocionais. A vida é uma grande escola e nos dá a chance de adquirir discernimento e equilíbrio por meio de uma série de experiências, que iremos julgar como boas ou ruins. Ela [a vida] nos dá um corpo, moldado de acordo com o teor dos pensamentos que nosso espírito aceita como verdade, nos dá uma família, nos permite nascer em determinado lugar, tudo de acordo com o teor de nossas crenças e posturas adquiridas ao longo de várias encarnações.
Infelizmente, muitos não aceitam as condições nas quais reencarnaram no planeta. Culpam o corpo (suas limitações ou falta de saúde), culpam os pais (por não serem os pais “escolhidos”), culpam o país (porque deveriam ter nascido num país mais “civilizado”), esquecendo que a vida nos dá o que merecemos.

Partindo desse ponto de vista, precisamos parar e refletir. Eu pergunto: você aceita com facilidade o que não pode mudar ou briga com todos ao seu redor porque as coisas não são como você quer?

O melhor que você pode fazer é começar a sentir com o coração e parar de dar tanta atenção à mente, porque, segundo um espírito amigo, “a mente mente”. A mente abriga pensamentos nossos e dos outros, encarnados ou desencarnados.

Largue a mente por alguns instantes, coloque a mão em seu coração e sinta a pulsação, sinta-se vivo. Agradeça à vida por estar aqui e ter a oportunidade de crescer, agradeça a oportunidade de melhorar a relação com seus pais, aproveite para vibrar positivamente pelo seu país. É fácil reclamar dos políticos, dos corruptos, dos descasos com a sociedade e nada fazer para mudar. Um pensamento positivo acerca do nosso país já é um bom começo para criar condições a fim de que outras mentes, também ligadas no bem maior, possam se unir e criar um elo forte de mudanças positivas para o nosso povo.

Aceitar o que não se pode mudar não traz sensação de fracasso. Muito pelo contrário, aceitar o que não se pode mudar revela sabedoria e amadurecimento espiritual, é um grande aliado para a evolução de nosso espírito e o caminho certo para conquistarmos a felicidade e a paz tão desejadas.

Abençoe seu corpo, abençoe sua família, abençoe seu emprego e a cidade onde vive. Depois, faça suas escolhas e siga seu caminho de conquistas e realizações.

Boa sorte!


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Ao morrer, um artista continua produzindo suas obras?

Geralmente, quando um artista morre, continua seu trabalho artístico no mundo extrafísico. Pintores, artistas plásticos, atores, músicos, cantores, escritores e todos aqueles que lidam com a arte de alguma forma, continuam a produzir suas obras na outra dimensão.

Marco Aurélio [meu parceiro espiritual que me traz as histórias dos romances] já me dizia algo semelhante em relação aos escritores, à época que iniciamos nossa parceria na escrita, há mais de trinta anos. Claro que alguns desses cultivadores das belas-artes, ao constatarem que há vida após a vida, deslumbram-se de tal maneira que deixam por algum tempo de produzir suas obras e partem para outros tipos de experiências, colocando a sensibilidade da alma em contato com outras formas de manifestação artística.

Outros, perturbados emocionalmente, morrem muito mal e passam longos períodos em tratamento hospitalar, limpando-se das energias tóxicas de seus próprios pensamentos pesados e destrutivos. Estes, geralmente, são artistas que, ao morrer, também têm suas obras logo esquecidas ou são aqueles que logo o público esquece. Parece que nunca passaram pelo planeta.

Já aquele que morreu e se recupera rapidinho, toma logo consciência da nova realidade, não entra em pânico, aceita a “morte” numa boa e segue adiante sua nova trajetória, tem sua obra reconhecida, o público sente muito a sua morte; o artista recebe uma centena de homenagens e sua obra não para de ser reeditada (no caso de um cantor/músico, por exemplo) ou seus filmes sempre são reprisados ou relembrados com muito carinho, no caso de um ator/atriz.

Às vezes, o artista morre, fica mal, sua obra ou ele é esquecido do público, porque a energia dele não está nada boa e ele está revoltado, perturbado, não quer saber de nada, nega a obra que fez, não dá valor ao que construiu na Terra, essas crises todas… e então, depois de dez, vinte, trinta anos ele melhora, fica bem, sai do surto, resolve voltar a cantar, a atuar, dirigir, pintar, e esse ato no astral reflete rapidinho aqui no planeta. É aquela situação que ocorre, por exemplo, quando um artista é “redescoberto”. De repente, alguém redescobre fulando, ou a obra de sicrano é resgatada, a filmografia do ator tal é considerada uma obra-prima, a musicalidade do cantor tal é vista por uma nova geração como algo de genialidade sem precedentes e por aí vai. O artista passa a ser valorizado da noite para o dia, ganha uma dimensão até maior do que quando tivera em vida. Por quê? Porque ele está muito, mas muito bem do lado de lá.

Quem tem me falado muito sobre esses assuntos é o meu amigo Túlio. Desencarnado descolado, nas horas vagas ele sempre vai com a sua namorada a um concerto, um show, uma peça de teatro lá na cidade astral onde mora. Não costuma me dizer o nome dos artistas que vê nos palcos atuando ou cantando; Túlio é discreto, não precisa ficar fazendo alarde, dizendo que viu fulando de tal, beltrano ou sicrano.

Mas Túlio revelou-me algo que quero compartilhar com você: me assegurou que a música espanta, de fato, a energia negativa. Segundo meu amigo, a melodia tem certos elementos astrais que conseguem quebrar e fazer as energias tóxicas sumirem no ar, higienizando e restaurando o ambiente. E me garante que não só escutar como também cantar ajuda a melhorar e harmonizar a energia do ambiente. Então, trate de soltar a voz no banheiro, porque cantar, efetivamente, seus males espanta. Palavra dos espíritos!

Túlio me disse também que há muito artista que continua fazendo sucesso no astral e que na minha fan page eu poderia, assim, se quisesse, colocar um vídeo de vez em quando, preferencialmente de um artista ligado à música, que já tivesse desencarnado. Seria uma maneira de o público saber que o artista já se foi; obviamente haverá artista com o qual você vai se surpreender em saber que já morreu, porque é aquele tipo de cantor que nunca ouviu falar mas sempre escutou a música no rádio, sabe?, como também postarei os “clássicos” desencarnados e que são admiradíssimos na outra dimensão, como Elvis Presley, Elis Regina ou Michael Jackson, para citar alguns.

Túlio também quer aproveitar para movimentar a página, deixá-la mais alegre, divertida, não só com mensagens e também com um objetivo que considerei nobre da parte dele: levantar o pique de um artista lá no astral que esteja precisando de uma “força” aqui da gente, do nosso carinho, da nossa lembrança, a fim de, quem sabe, se recuperar mais rapidamente de seus processos emocionais e voltar a cantar. De repente você clica, escuta, gosta, e o seu gesto produz uma energia boa que vai para esse artista que está precisando de um pouco de carinho.

Bom, vamos contribuir com mais alegria, porque música encanta e alegra o coração, restaura o sistema imunológico, traz jovialidade e, depois que soube que também ajuda a limpar o ambiente das energias pesadas, olha que coisa boa! Já vai uma dica para o dia que você receber aquela visita meio “cabeça pesada” em casa. A visita foi embora e…hum… liga o som e bota a música que você mais gosta, seja de um artista vivo ou morto!
Até a próxima.
Beijocas.